terça-feira, junho 30, 2009

ALIENAÇÃO/ EVOLUÇÃO


EVOLUÇÃO???????????????








Show de marionetes



Xauanda Souza santos e Caio Fábio

O mundo é globalizado, vemos a velocidade em que as informações são criadas e transmitidas pelo mundo, ele também capitalista.


O consumismo, o acumulo de lucros, propriedades, bolsa de valores, entre outras coisa revelam o quanto as pessoas tem suas cabeças presas ao capital.E nessa incessante busca pelo “precioso” que poucos se destacam e ficam com a maior parte. E quanto mais melhor.


Os personagens do topo se aliam a globalização na busca de mais em cima dos outros. em outras palavras as grandes empresas do capital, criaram um teatro onde todos somos marionetes e nosso mestre é a TV, que controla seus bonecos para hipnotizar a platéia, iludi-la , encantada-la,e conseguir seus objetivos fazendo uma grande apresentação, na qual o homem consagra o seu novo “deus” ,assim sendo alienado.


Somos usados ate o ultimo segundo por uma sociedade capitalista. Como manequins, vitrines e cobaias para criar um mundo no qual o consumo é a lei, onde tudo é motivo para comprar.


O homem tão cego pelo seu “Deus” não ver que esta seguindo para o fim de sua própria prole, ele não percebe que nao ganhar e só perde.


Essa é a sociedade na qual o homem se destrói, e na qual somos sua cobaia.Como diz Carlos Drumonnd de Andrade : “eu sou a coisa, coisamente”

sábado, junho 27, 2009

Pessoas como você, mas não você

Xauanda Souza Santos
São pessoas como você que nos levam ao caminho da felicidade que tornam cada momento da nossa vida único e eterno...

São pessoas como você que entram em nossa vida de uma hora para outra sem ao menos pedir licença e quando vamos ver já fez uma grande revolução...

São pessoas como você que aparecem do nada , que aparecem na hora certa que mais precisamos de alguém com palavras amigas ,conselhos maduros,conversas sadias,onde percebemos que ES especial por algum motivo...

São pessoas como você que se apoderam das nossas vidas, e quando damos conta já faz parte do nosso EU...

São pessoas como você que fazem a vida realmente valer apena, que nos ensinam a amar de verdade , a caminha lado a lado , e juntos buscarmos a verdadeira felicidade...

Quando paro para pensar na vida vejo ,são pessoas como você que nos mostram o quanto é importante sonhar sem esquecer a realidade... que La fora existe um mundo e fazemos parte dele...

terça-feira, junho 02, 2009

O Poema

Mário Quintana


Um Poema é como um goke d'água bebido no escuro.
Como um pobre animal palpitando ferido.
Como uma pequeninha moeda de prata
perdida para sempre na floresta noturna.
Um poema sem outra angústia que a
sua misteriosa condição de poema.Triste.
Solitário. Único.Ferido de mortal beleza.
RIOS SEM DISCURSO

JOÃO CABRAL DE MELO NETO
Quando um rio corta, corta-se de vez
o discurso-rio de água que ele fazia;
cortado, a água se quesbra em pedaços,
em poços de água, em água paralítica.
Em situação de poço, a água equivale
a uma palavra em situação dicionária:
isolada, estanque no poço dela mesma,
e porque assim estancada, muda,
e muda porque com nenhhuma comunica,
porque cortou-se a sintaxe desse rio,
o fio de água por que ele discorria.
***
O curso de um rio, seu discurso-rio,
chega raramente a se reatar de vez;
um rio precisa de muito fio de água
para refazer o fio antigo que o fez.
Salvo a grandiloqüência de uma cheia
lhe impondo interina outra linguagem,
um rio precisa de muita água em fios
para que todos os poços se enfrasem:
se reatando, de um para outro poço,
em frases curtas, então frase e frase,
até a sentença-rio do discurso único
em que se tem voz a seca ele combate.

A cegueira das civilizações

Diogo Schelp
O homem nunca tirou tanto do meio ambiente como nos últimos cinqüenta anos. O avanço acelerado sobre a natureza é o efeito colateral do nosso sucesso. Vista pela perspectiva dos avanços relativos de cada civilização, a nossa exibe brilho sem igual. A fartura inédita de alimentos, a tecnologia para salvar vidas e colocar foguetes na Lua e a compreensão científica dos fenômenos naturais nunca foram maiores. A contrapartida preocupante são a perda acelerada de biodiversidade e a degradação do meio ambiente, a pressão sobre os estoques de água potável, o excesso de pesca nos oceanos e indícios de mudanças climáticas causadas pela ação do homem. O que esse processo mostra é que os recursos naturais podem estar sendo consumidos em velocidade maior que a de reposição do planeta. Há o risco de não sobrar o suficiente para as gerações futuras.
A respeito disso, vale a pena prestar atenção no que diz o americano Jared Diamond. Geógrafo da Universidade da Califórnia, ele é autor de um livro de grande repercussão, Armas, Germes e Aço, lançado há seis anos. Nele, explica como fatores ambientais influenciaram a ascensão de muitas civilizações. Dessa maneira, a disponibilidade de animais e plantas passíveis de ser domesticados ajuda a explicar por que o Ocidente conquistou o restante do mundo – e não o inverso. Ou, em outras palavras, por que foram os espanhóis que desembarcaram no México, e não os astecas na Espanha. Mais recentemente, Diamond estudou o declínio e o sucesso de várias sociedades do passado e acredita ter encontrado um padrão na catástrofe: o desastre ambiental provocado por elas foi decisivo no próprio declínio. A queda de um povo nunca é o resultado de um único fator, diz o geógrafo. Ele pode simplesmente ser aniquilado por um invasor poderoso. Outras vezes, o colapso é provocado pela perda de uma conexão vital – um freguês tradicional para seu único produto de exportação, por exemplo. Pode ocorrer uma mudança climática ou um desastre natural. O elemento isolado mais poderoso, contudo, pelo menos nos exemplos estudados, foi a degradação ambiental. Quando a população cresce, em decorrência do sucesso da sociedade, a pressão por alimento se torna excessiva para os recursos naturais. O resultado é a fome, que leva à desagregação social e a guerra civil.
De qualquer forma, no seu entender, a questão mais importante é o modo com que a sociedade reage aos quatro problemas citados. O sucesso pode cegar as pessoas para os riscos de seu próprio comportamento. Os mesmos valores que permitiram a ascensão daquele povo podem igualmente levá-lo à ruína. O exemplo dessa situação, apresentado pelo geógrafo, não é do passado, e, sim, dos nossos dias. A cultura do consumo permitiu a criação do grau de riqueza da sociedade moderna. O risco é o de que os recursos naturais não dêem conta de atender à demanda, fazendo com que a sociedade volte atrás. Diante da necessidade de alimentar uma população crescente, a civilização maia, a mais brilhante entre as pré-colombianas, devastou a mata, expondo a terra à erosão. Por fim, as colheitas fracassaram e a fome dizimou a população. Envolvidos em guerras permanentes e golpes de Estado, os reis maias não foram capazes de pensar nas gerações futuras.
Diamond acredita que o mesmo tipo de desatenção para com o futuro possa estar ocorrendo atualmente. Há realmente sinais inequívocos de como o homem moderno já está sendo prejudicado pelo uso depredatório que faz dos recursos naturais:
• O consumo de água cresceu seis vezes no último século, em grande parte para aumentar a produção de alimentos. O resultado foi a redução da oferta de água para uso humano. Um terço da população mundial vive em regiões com escassez de água, proporção que deve dobrar até 2025. Metade dos africanos, asiáticos e latino-americanos sofre de alguma doença relacionada à falta de acesso a uma fonte de água limpa.
• O uso de petróleo aumentou sete vezes nos últimos cinqüenta anos. A queima de combustíveis fósseis contribui para a poluição do ar, que, segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde, mata 3 milhões de pessoas por ano.
• Os gases emitidos por automóveis, pela indústria, pela decomposição do lixo e pelo desmatamento de florestas tropicais contribuem para acelerar o aquecimento global. Nas últimas décadas, a temperatura média do planeta subiu 1 grau. Como resultado, 40% do gelo do Ártico derreteu no último meio século, fazendo subir lentamente o nível dos oceanos. O desequilíbrio climático traduziu-se também em maior quantidade de secas em algumas regiões e inundações em outras.
• A exploração do estoque dos principais peixes de valor comercial ultrapassou a capacidade de reposição da espécies. A pesca industrial já reduziu em 90% a população dos grandes peixes oceânicos.
• Um quarto da área terrestre é usada, hoje, para a produção de alimentos (agricultura e pecuária). Como as melhores áreas para a agricultura já estão em uso há bastante tempo, a fertilidade do solo caiu 13% nos últimos cinqüenta anos. Com isso, tornou-se necessário o uso de maior quantidade de adubos químicos e o avanço sobre terras periféricas ou ocupadas por florestas. Um quinto da Amazônia brasileira já desapareceu neste século.
O paradoxo é que a mesma eficiência em explorar – e, por conseqüência, danificar – os recursos naturais foi o que permitiu à humanidade atingir o padrão atual de conforto. Nunca o ser humano levou uma vida tão boa. Nas últimas quatro décadas, a renda per capita mundial triplicou. A proporção de pobres diminuiu. Jamais uma parcela tão grande da população mundial teve igual acesso a serviços básicos de saúde, alimentação e moradia. A expectativa média de vida passou de 50 para 79 anos em um século. Entre 1960 e 2000, a população mundial dobrou (de 3 para 6 bilhões) enquanto a economia cresceu seis vezes. Duas forças exercem maior pressão sobre o planeta: o crescimento da população global e a melhoria no nível de vida dos moradores dos países pobres. A ONU estima que em 2050, atingiremos o ápice populacional, com 8,9 bilhões de pessoas.
Um dos dilemas existenciais da atualidade é o seguinte: quantas pessoas vivendo com padrões de consumo do Primeiro Mundo o planeta é capaz de sustentar? "A natureza não poderá dar conta sequer dos atuais níveis de consumo, que dizer se 1 bilhão de pessoas, a maioria na China, tiverem acesso à sua primeira geladeira nos próximos dez anos", disse a VEJA o americano Stuart Pimm, especialista em políticas ambientais da Universidade Duke, nos Estados Unidos. "A solução para o problema não é barrar o desenvolvimento econômico, mas tomar decisões mais espertas em relação ao meio ambiente e evitar os desperdícios", completa Pimm. Várias características nos distanciam das sociedades estudadas por Diamond. Tratavam-se de povos isolados, a maioria deles em ilhas ou no meio de florestas impenetráveis, bem diferentes da sociedade global em que vivemos. Em nenhuma outra época alcançou-se o conhecimento que temos agora da relação de causa e efeito existente entre a nossa interferência na natureza e o modo com que isso pode nos atingir. As sociedades do passado não tinham conquistado a tecnologia que hoje nos permite enfrentar e solucionar os problemas ambientais. A tecnologia pode salvar a civilização.
"A humanidade não precisa voltar a andar de carroça para evitar a destruição dos recursos naturais", disse a VEJA o biólogo americano George Woodwell, um pioneiro da ecologia moderna. "Basta mudar um pouco os hábitos atuais de desperdício e substituir as tecnologias poluentes." Woodwell foi um responsáveis pela descoberta dos efeitos nocivos do DDT, nos anos 60. O produto foi proibido nos Estados Unidos na década de 70 e, em 1985, no Brasil. Quatro décadas atrás, o avanço na tecnologia agrícola multiplicou a produção de alimentos e permitiu o aumento da população mundial. Chamou-se a isso revolução verde. A parte negativa foi o uso indiscriminado de produtos químicos, entre eles alguns inseticidas que depois se mostraram devastadores para a saúde humana e para o meio ambiente, como o DDT.
Isso foi resolvido com novas gerações de defensivos e com o melhoramento genético das sementes, os chamados transgênicos. São lavouras que reduzem sensivelmente a necessidade de insumos químicos. Outro exemplo é a queima dos derivados de petróleo, cujos gases estão entre os maiores responsáveis pelo aquecimento global. Melhorias tecnológicas permitiram que o consumo total de combustível, em relação ao produto interno bruto dos Estados Unidos, tenha caído a quase a metade desde 1973. Os combustíveis fósseis terão de ser substituídos por fontes alternativas de energia, pois a estimativa é a de que o consumo só possa ser mantido, nos níveis atuais, por mais meio século. A tecnologia para isso – fissão nuclear, energia eólica ou a célula a hidrogênio – já existe. Nem sempre é simples convencer uma sociedade a mudar seus hábitos. "As pessoas têm dificuldade em se preocupar com questões que parecem muito distantes e incertas, como o aquecimento global", disse a VEJA o jurista americano Richard Posner, autor de Catástrofe – Risco e Resposta. Nesse livro, ele analisa as possibilidades de a humanidade vir a ser aniquilada por cataclismos naturais ou causados pelo homem.

O HOMEM QUE ESPALHOU O DESERTO

Ignácio de Loyola Brandão
Quando menino, costumava apanhar a tesoura da mãe e ia para o quintal, cortando folhas das árvores. Havia mangueiras, abacateiros, ameixeiras, pessegueiros e até mesmo jabuticabeiras. Um quintal enorme, que parecia uma chácara e onde o menino passava o dia cortando folhas. A mãe gostava, assim ele não ia para a rua, não andava em más companhias. E sempre que o menino apanhava o seu caminhão de madeira (naquele tempo, ainda não havia os caminhões de plástico, felizmente) e cruzava o portão, a mãe corria com a tesoura: tome, filhinho, venha brincar com as suas folhas. Ele voltava e cortava. As árvores levavam vantagem, porque eram imensas e o menino pequeno. O seu trabalho rendia pouco, apesar do dia-a-dia, constante, de manhã à noite.
Mas o menino cresceu, ganhou tesouras maiores. Parecia determinado, à medida que o tempo passava, a acabar com as folhas todas. Dominado por uma estranha impulsão, ele não queria ia à escola, não queria ir ao cinema, não tinha namoradas ou amigos. Apenas tesouras, das mais diversas qualidades e tipos. Dormia com elas no quarto. À noite, com uma pedra de amolar, afiava bem os cortes, preparando-as para as tarefas do dia seguinte. Às vezes, deixava aberta a janela, para que o luar brilhasse nas tesouras polidas.
A mãe, muito contente, apesar de o filho detestar a escola e ir mal nas letras. Todavia, era um menino comportado, não saía de casa, não andava em más companhias, não se embriagava aos sábados como os outros meninos do quarteirão, não freqüentava ruas suspeitas onde mulheres pintadas exageradamente se postavam às janelas chamando os incautos. Seu único prazer eras as tesouras e o corte das folhas.
Só que, agora, ele era maior e as árvores começaram a perder. Ele demorou apenas uma semana para limpar a jabuticabeira. Quinze dias para a mangueira menor e vinte e cinco para a maior. Quarenta dias para o abacateiro, que era imenso, tinha mais de cinqüenta anos. E seis meses depois, quando concluiu, já a jabuticabeira tinha novas folhas e ele precisou recomeçar.
Certa noite, regressando do quintal agora silencioso, porque o desbastamento das árvores tinha afugentado pássaros e destruído ninhos, ele concluiu que de nada adiantaria podar as folhas. Elas se recomporiam sempre. É uma capacidade da natureza, morrer e reviver. Como o seu cérebro era diminuto, ele demorou meses para encontrar a solução: um machado.
Numa terça-feira, bem cedo, que não era de perder tempo, começou a derrubada do abacateiro. Levou dez dias, porque não estava habituado a manejar machados, as mãos calejaram, sangraram. Adquirida a prática, limpou o quintal e descansou aliviado. Mas insatisfeito, porque agora passava os dias a olhar aquela desolação, ele saiu de machado em punho, para os arredores da cidade. Onde encontrava árvores, capões, matos, atacava, limpava, deixava os montes de lenhas arrumadinhos para quem quisesse se servir. Os donos dos terrenos não se importavam, estavam em via de vendê-los para fábricas ou imobiliárias e precisavam de tudo limpo mesmo.
E o homem do machado descobriu que podia ganhar a vida com o seu instrumento. Onde quer que precisassem derrubar árvores, ele era chamado. Não parava. Contratou uma secretária para organizar uma agenda. Depois, auxiliares. Montou uma companhia, construiu edifícios para guardar machados, abrigar seus operários devastadores. Importou tratores e máquinas especializadas do estrangeiro. Mandou assistentes fazerem cursos nos Estados Unidos e Europa. Eles voltaram peritos de primeira linha. E trabalhavam, derrubavam. Foram do sul ao norte, não deixando nada em pé. Onde quer que houvesse uma folha verde, lá estava uma tesoura, um machado, um aparelho eletrônico para arrasar.
E enquanto ele ficava milionário, o país se transformava num deserto, terra calcinada. E então, o governo, para remediar, mandou buscar em Israel técnicos especializados em tornar férteis as terras do deserto. E os homens mandaram plantar árvores. E enquanto as árvores eram plantadas, o homem do machado ensinava ao filho a sua profissão.
BRANDÃO, Ignácio de Loyola.

segunda-feira, junho 01, 2009

Ainda sobre o amor

Se não quer se esforçar pra fazer o outro feliz, então não faça alguém se apaixonar por você Se não quer se dedicar e dá sua atenção e ser p...